O marketing farmacêutico induz a automedicação?
De acordo com Nascimento (2009), pesquisas realizadas pelo Procon de São Paulo em 2007 demonstraram que cerca de 63,33% da população entrevistada com esta pergunta responde sim, a publicidade farmacêutica induz os consumidores a automedicar-se. Isto parte da cultura brasileira, que vem sendo estimulada nos últimos anos a consumir a medicação sem prescrição médica, negligenciando o grande risco que pode correr.
Este estímulo de automedicação surge em grande parte, da publicidade gerada. Segundo Venildo (2009) a propaganda de medicamentos induz o uso irracional de medicamentos e possui um papel relevante na decisão de escolha do medicamento a ser prescrito pelo médico, uma vez sendo que o objetivo de toda esta publicidade é atrair o máximo de compradores e potenciais que não discernem o risco que podem correr, muitas vezes devido sua enfermidade.
Também, Nascimento (2009) reforça que a propaganda incentiva o uso dos medicamentos, principalmente na análise de frases como “Se os sintomas persistirem, o médico deverá ser consultado”, o que concretiza de que é correto consumir pelo menos o primeiro medicamento, e se os sintomas persistirem, procurar um profissional qualificado, quando na verdade deveria ser uma frase de alerta sobre os riscos. Ainda também, a utilização dos canais de comunicação permite o grande apelo emocional, o que convence a população a se automedicar. Melby Karina Huertas e André Urdan, disponíveis em Soares (2010),