O maior discurso de cristo
RESUMO
Mais de mil e quatrocentos anos antes do nascimento de Jesus em Belém, os filhos de Israel se haviam reunido no belo vale de Siquém e, das montanhas que o ladeavam, ouviu-se a voz dos sacerdotes proclamando as bênçãos e as maldições - “a bênção, quando ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus”. Não foi, no entanto, do monte Gerizim que foram proferidas as palavras que vêm como uma bênção ao mundo pecador e aflito. Não mais é o monte Gerizim conhecido pelo monte das bem-aventuranças, mas aquela anônima montanha ao lado do lago de Genezaré, onde Jesus pronunciou as palavras de bênção dirigidas a Seus discípulos e à multidão.
Volvamos, em espírito, àquela cena e, ao sentarmo-nos com os discípulos na encosta do monte, enquanto ali estavam sentados na verde encosta, esperando as palavras do divino Mestre, encheu-lhes o coração de pensamentos da glória futura. Havia escribas e fariseus que antecipavam o dia em que eles teriam domínio sobre os odiados romanos, e possuiriam as riquezas e o esplendor do maior império do mundo.
"E Ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos Céus." Mat.5 : 1
Dir-se-ia que a doçura do amor divino transcendesse de Sua presença, como da flor o perfume. Nos dias de Cristo os guias religiosos do povo julgavam-se ricos em tesouros espirituais.
Dos humildes de espírito, diz Jesus: "Deles é o reino dos Céus." Cristo estava a abrir aos homens o reino espiritual de Seu amor, Sua graça, Sua justiça. A insígnia do reino do Messias distingue-se pela imagem do Filho do homem. Seus súditos são os humildes de espírito, os mansos, os perseguidos por causa da justiça.
Bem-aventurados são também os que choram com Jesus, em simpatia com os entristecidos do mundo, e em tristeza pelo pecado. Participam dos sofrimentos de Cristo e também participarão da glória que há de ser revelada. Foi por meio de sofrimento que