O ludico na educação
Adriana Teixeira da Costa
Luciano Lopes
As classificações de jogos e brinquedos são muito numerosas, no decorrer dos tempos várias formas de organizar e categorizar brinquedos foram inventadas. O jogo é algo intrínseco a cultura humana e como função significante encerra em cada momento histórico um determinado sentido.
Na nossa sociedade atual a relação entre jogo e educação tem sido muito discutida. Brincar é compreendido como um espaço privilegiado para as crianças recriarem a realidade vivida e compreendê-la. O jogo é portanto visto como um espaço de experimentação de regras, de troca de experiências, de afinamento de habilidades, de interação social, de comunicação, etc.
Avaliar jogos de educação ambiental neste sentido é perceber propostas, concepções sobre o universo infantil e as relações de ensino/aprendizagem.
Pensando nesta perspectiva, optamos por uma classificação psico-pedagógica baseada no desenvolvimento da criança e que buscasse responder a duas questões principais:
1) a possibilidade educativa dos materiais em educação ambiental que vem sendo produzidos
2) a busca de uma maior democratização destes materiais
Desta forma escolhemos um sistema de classificação e análise de jogos reconhecido internacionalmente e utilizado no Brasil, podendo a sua aplicação junto às Brinquedotecas e espaços educacionais responder em parte a necessidade de "democratização" dos jogos de educação ambiental.
O sistema ESAR de classificação foi desenvolvido no Quebec (Canadá) pela psicopedagoga Denise Giron e inspira-se basicamente na psicologia e nas ciências documentais.
"O método de classificação em 'facetas' [1] (Ranganathan, 1973) apresenta-se como uma série de características psicológicas distribuídas em categorias gerais e em categorias mais específicas que cobrem o conjunto de etapas do desenvolvimento da criança e da sua atividade lúdica, desde a criança pequena até a idade