O longo século xx - a hegemonia americana
O Reino Unido exerceu as funções de governo mundial até o fim do século XIX. De 1870 em diante, porém, começou a perder o controle do equilíbrio de poder europeu e do equilíbrio global. Em ambos os casos, a ascensão da Alemanha à condição de potência mundial foi um acontecimento decisivo.
Antes de tudo, discutiremos o Sistema de Vestfalia. Esse modo sistemático, em resumo, era organizado de forma que cada Estado é soberano dentro de seu território. Nenhuma outra organização é capaz de tirar essa soberania, exceto outro Estado sob condições de que a aquisição do território esteja em seus interesses claros.
A capacidade do Reino Unido de ocupar o centro da economia mundial foi minada pela emergência de uma nova economia nacional, de riqueza, dimensões e recursos maiores que os seus: os EUA, que evoluíram para se tornar uma espécie de “buraco negro”, dotado de um poder de atração de mão-de-obra, capital e espírito de iniciativa. O desenvolvimento que transformou o país no principal pólo de atração da mão-de-obra, do capital e dos recursos empresariais da economia mundial esteve estreitamente vinculado ao âmbito continental atingido por sua economia doméstica no século XIX. A ausência de territorialismo no exterior fundamentou-se num territorialismo interior sem precedentes. O capitalismo e o territorialismo norte-americanos eram indistinguíveis entre si.
Assim que a revolução de 1776 desatou as mãos dos colonos, eles trataram de conquistar toda a parte do continente norte-americano que era lucrativa e de reorganizar seu espaço. Isso significou retirar os nativos para dar espaço a uma crescente população de imigrantes. O resultado foi um compacto império territorial doméstico caracterizado por custos de proteção substancialmente inferiores aos do vasto império ultramarino britânico.
Nem a Alemanha, nem os EUA