O longo amanhecer
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
DISCIPLINA: ECONOMIA BRASILEIRA I
ALUNA: NATANNA PEREIRA DE OLIVEIRA
MATRICULA: 11023347
Trabalho sobre o documentário “O LONGO AMANHECER” – Cinebiografia de Celso Furtado.
O crescimento no Brasil sempre foi essencialmente gerador de desigualdade e concentração de renda. Para mudar esse quadro, é necessário estudar o subdesenvolvimento e as estruturas dominadas pelas elites que o perpetuam, além de o Estado ter papel fundamental para que haja crescimento com distribuição de poder e de renda. Essas questões essenciais do pensamento de Celso Furtado, ainda a serem definitivamente encaradas no Brasil, são reafirmadas no documentário.
A narração, baseada sobretudo em depoimentos de Celso Furtado, além de outros pensadores do Brasil como Maria da Conceição Tavares e Francisco de Oliveira, se dá sempre sobre o prisma do desenvolvimento e da necessidade de reformas estruturais no país, que colocassem as desigualdades e a pobreza como questões centrais a serem resolvidas.
Em um dos momentos centrais do documentário, Furtado afirma que a história e o desenvolvimento da América Latina sempre estiveram condicionados à estrutura de poder da região, "que nunca foi desconcentrada". O professor acrescenta que as elites dos países latino-americanos querem ter "padrões de consumo do Primeiro Mundo", mas lembra que o PIB (Produto Interno Bruto) nos países desenvolvidos é quatro ou cinco vezes maior do que os verificados na América Latina. "O problema é estrutural, e precisa de reformas estruturas profundas para ser superado", afirma ele, destacando a necessidade de desconcentrar o poder para desconcentrar renda e de desconcentrar renda para desconcentrar o poder.
O filme também mostra como o embate entre monetaristas e desenvolvimentistas vem de longe no Brasil que foi marca, por exemplo, da década de 1950. Naquela ocasião, os monetaristas, personificados nas figuras de