O legado do funcionalismo: a psicologia aplicada
O estudo da psicologia se tornou uma ciência independente da filosofia devido a Wundt, no fim do século XIX. A partir deste acontecimento que se desenvolveram de maneira sistemática as investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se dedicaram, construindo múltiplas escolas e teorias.
Foi também o fundador da psicologia como disciplina formal, sendo o primeiro psicólogo, fundou o primeiro laboratório e editou a primeira revista. Para ele, a Psicologia é uma ciência empírica cujo foco de estudo é a experiência ou consciência mediata ou imediata.
Dessa forma, o objeto da psicologia é, para Wundt, a experiência imediata dos sujeitos, embora ele não estivesse interessado, primeiramente, nas diferenças individuais entre esses sujeitos. Experiência imediata é a experiência tal como o sujeito a vive antes de se por a refletir sobre ela, antes de comunica-la, antes de propriamente “conhecê-la”. Ademais, define como objeto da Psicologia também o estudo da mente, da experiência consciente do Homem.
O objeto de estudo de Wundt consistia na consciência. Dessa maneira, focou-se no estudo da capacidade própria de organização da mente, que deu o nome de voluntarismo. Tal teoria traz que a mente é capaz de organizar o conteúdo mental em processos de pensamento de nível mais elevado e refere-se à força de vontade própria de organizar o conteúdo da mente.
Além da psicologia experimental, Wundt desenvolveu a psicologia social, pois entre 1900 e 1920 Wundt escreveu dez volumes de Psicologia Social (sua Völkerpychologie). Esta não usa o método experimental, mas métodos comparativos da antropologia e da filosofia, e seu objetivo é a investigação dos processos de síntese, por que para o autor a experiência imediata não é nem uma coisa