O Lado Polissêmico do Grau
A presente pesquisa tem por finalidade, averiguar o caráter polissêmico dos sufixos ao e inho, na língua portuguesa, dando prioridade às particularidades, expressivas e denotativas. Observando que, apesar da ambigüidade, existe uma particularidade morfológica, na qual o aumentativo denotativo é feito pelo sufixo ão e é masculino e invariável. Porém o aumentativo expressivo apresenta duas possibilidades no caso de palavras do gênero feminino: manter o gênero feminino, formando o aumentativo com a forma feminina ona; ou usar ao, caso em que a forma no aumentativo passa a ter gênero masculino
Portanto os sufixos aumentativos muitas das vezes possuem cunho avaliativo, em geral, referem-se a objetos, animais, elementos da natureza, alimentos, qualidades ou estados de pessoas ou coisas ou partes do corpo de uma pessoa. O diminutivo por sua vez assume uma função de carinho, grande afeto para com pessoas e animais, como já foi dito. Além disso, pode amenizar, abater condições miseráveis e exprimir ao contrário do que se imagina grande intensidade, plenitude principalmente em adjetivos e advérbios.
1. - O LADO POLISSÊMICO DO GRAU O léxico da língua portuguesa tem se expandido, cada vez mais, em um processo dinâmico. Essa expansão ocasiona a existência de um item lexical dotado de múltiplos significados, ao qual se dá o nome de polissemia. A polissemia se deve à necessidade de nomear elementos e eventos novos que se introduzem em dado contexto. Observa-se que o uso intencional de determinadas palavras em diferentes contextos permitem a multiplicidade de interpretações, dado que uma mesma palavra pode assumir significados diferentes em textos/contextos diferentes.
Rocha (1999, p. 105) expõe que a língua é marcada por processos de formação de palavras, quais sejam: a derivação, a composição e a onomatopéia. Carone (1991, p. 36), por sua vez, compreende a derivação como um