O lado excludente da inclusão social
Acontece que a meu ver esse tipo de inclusão acaba por produzir uma falsa sensação de inclusão, uma vez que é resultante de fracasso, incapacidade ou incompetência. Será que não estamos excluindo para incluir? Até bem pouco tempo esses excluídos não faziam parte da sociedade, do mundo jurídico? Não tinham acesso a nada?
O Brasil é um país de grande diversidade social, o que de certa forma se analisarmos friamente é claro que gerará uma desigualdade social, seja por questões de força física, genética, facilidade de acesso ao conhecimento, raízes históricas ancestrais.
Exclusão é "estar fora", à margem, sem possibilidade de participação, seja na vida social como um todo, seja em algum de seus aspectos. Pode-se dizer que o termo exclusão passou a ser utilizado largamente no Brasil a partir de 1990, onde notou-se uma necessidade de identificar essa ¨nova¨ problemática social, convém lembrar que a problemática não é tão nova assim, pois se cavarmos um pouco mais fundo chegaremos no período da escravidão, que com certeza deixaram mais marcas na sociedade que os açoites feitos nos escravos. Se já não bastasse esta cicatriz, temos ainda no histórico do desenvolvimento da problemática social, as crises econômicas, transições políticas, planos econômicos sem nenhum planejamento, criando ciclos econômicos recessivos.
Isso tudo criou um Brasil onde a marginalidade virou regra e não mais a exceção, vindo a tona todo o tipo de crise social, tornando-se tudo visível a olho nu.
Vale lembrar que a partir da década de 90 passou a ser vocábulo integrante nas rádios, jornais, faculdades, governos a exclusão e com ela veio junto a discriminação, a violência social, a