o julgamento em nuremberg
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O filme gira em torno do julgamento de Nuremberg. Trata-se de um tribunal de exceção formado pelos países aliados, recém vencedores da Segunda Guerra Mundial, para julgar os principais líderes do Partido Nazista, na cidade de Nuremberg, Alemanha, no contexto do pós-guerra. O que pretendiam Inglaterra, França, URSS e Estados Unidos com este tribunal era condenar os oficiais nazistas, acusados de crimes contra a humanidade, e assim transparecer para a posteridade que o Tribunal instaurado pelo promotor norte-americano Robert Jackson tratou-se de um julgamento imparcial. O que na verdade não ocorreu, já havia um julgamento prévio para os vinte e um acusados de atrocidades durante a guerra. Vários aspectos questionáveis norteiam as bases de legitimação deste tribunal. Os acusados foram enquadrados em quatro tipos de crimes: conspiração para cometer agressão, crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Estes não eram considerados crimes à época em que foram cometidos. Portanto tomou-se como irrelevante o aspecto da segurança jurídica e o princípio da legalidade para o direito.
Outro aspecto a se repudiar foi a composição do corpo do júri. Dificilmente seria possível proferir uma sentença justa e imparcial para este tribunal quando os juízes são representantes das nações vencedoras. Ressalta-se dessa forma o aspecto vingativo do tribunal, ainda mais se considerarmos o teor cruel que as sentenças vieram a tomar: a maioria dos réus foram enforcados ou submetidos à prisão perpétua. Com as críticas que foram feitas ao modus operandi do tribunal de Nuremberg não se deseja desprezar as atrocidades cometidas pelo regime nazista, pois as mesmas mereciam, de fato, sanção.
Deixando de lado toda a marca arbitrária que caracterizou esse tribunal, ficaram para a história alguns aspectos que provocaram mudanças significativas na forma de se enxergar o Direito. Colocou-se no centro das discussões a partir de então os direitos do homem enquanto ser humano,