O judiciário e a mídia
Neste capítulo do livreto da AMB é discutido a relação do Judiciário com a Mídia, desde diferenças quanto ao tempo quanto a interpretações.
Judiciário e Mídia tem tempos peculiares e posicionamentos diversos, o Judiciário, por exemplo, tem conduta formal e criteriosa com relação as leis, o que demanda mais tempo e maior minuciosidade. Juízes, procuradores, desembargadores e advogados trabalham com elementos, provas, indícios, em fim, material de investigação, ou seja, necessitam de tempo o suficiente para que um processo seja devidamente analisado, arquivado ou sentenciado. São mostrados no livreto 3 das principais causas do comprometimento da celeridade dos processos, são eles: insuficiência ou escassez de materiais, quantidade de processos em detrimento do número reduzido de juízes e excesso de formalidades e trâmites legais. Já a Mídia, por ter como principal função o noticiário dos acontecimentos, dever ser rápida, levando o imediatismo ao extremo; a notícia deve chegar ao leitor de forma mais rápida possível. Repórteres e Editores trabalham com premência no tempo escasso, submetidos a deadlines ( tempo estabelecido para o fechamento de uma reportagem ) cada vez mais estreitos.
O livreto informa ainda que um dos maiores erros da imprensa é com relação a questões Judiciais. Muitos jornalistas induzidos ao erro pela falta de tempo ou conhecimento em relação aos processos e à linguagem jurídica, não raro interpretam sentenças, liminares e outros atos judiciais de forma incorreta, o que é um problema e tanto já que a imprensa faz a ponte entre Judiciário e população, ou seja, se a imprensa entende um ato judicial de forma errônea a população irá também entender de forma errada.
Conclui-se então diante de tais informações que o ideal seria uma unção do Judiciário com a Mídia para o bem coletivo, de modo que busquem fórmulas que deixem claros limites e liberdades, em que, além de se ajudarem mutuamente, realizem parcerias quando houver