O JOGO E A EDUCAÇÃO INFANTIL
O jogo e a educação infantil ( AUTOR: TIKUZO MORCHIDA KISHIMOTO)
Segundo Kishimoto- Vygotsy (1988, 1987,1982), os processos psicológicos são construídos a partir de injunções do contexto socio-cultural. Seus paradigmas para explicitar o jogo infantil localizam-se na filosofia marxista-leninista, que concebe o mundo como resultado de processos histórico-sociais que alteram não só o modo de vida da sociedade mas inclusive as formas de pensamento do ser humano. São os sistemas produtivos geradores de novos modos de vida,fatores que modificam o modo de pensar do homem. Dessa forma, toda conduta do ser humano, incluindo suas brincadeiras, é construída como resultado de processos sociais. Considerada situação imaginária, a brincadeira de desempenho de papéis é conduta predominante a partir de 3 anos e resulta de influências sociais recebidas ao longo dos anos anteriores.
Brincadeiras de faz de conta
A brincadeira de faz-de-conta, também conhecida como simbólica, de representação de papés ou sociodramática, é a que deixa mais evidente a presença da situação imaginária.Ela surge com o aparecimento da representação de papéis e da linguagem, em torno de 2/3 anos, quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e fantasias e assumir papéis presentes no contexto social. O faz-de-conta permite não só a entrada no imaginário, mas a expressão de regras implícitas que se materializam nos temas das brincadeiras. É importante registrar que o conteúdo do imaginário provém de experiências anteriores adquiridas pelas crianças em diferentes contextos.
Idéias e ações adquiridas pelas crianças provêm do mundo social, incluindo a família e o seu círculo de relacionamento, o currículo apresentado pela escola, as idéias discutidas em classe, os materias e os pares. O conteúdo das representações simbólicas recebe,geralmente, grande influência do currículo e dos professores. Os conteúdos veiculados