O jogo (segunda a teoria de wallon)
Este artigo discute o desenvolvimento educacional através dos conceitos de atividade lúdica, jogo e trabalho na perspectiva de Wallon. O que a psicogênese diz em relação ao jogo, qual a sua importância, como Wallon aborda o pensamento de outros teóricos, quais os pontos convergentes e divergentes, qual a sua justificativa face às opiniões de grandes nomes, como Piaget, Vygotsky, entre outros. WALLON foi um estudioso que dedicou-se ao psiquismo humano na perspectiva genética, ou seja, ele defende a gênese da pessoa, na qual justifica o seu interesse pela evolução psicológica da criança. A psicogenética walloniana oferece subsídios para reflexão sobre as práticas pedagógicas. Ele considera que não é possível selecionar um único aspecto do ser humano e perceber o desenvolvimento nos vários campos funcionais nos quais se distribuem a atividade infantil (afetivo, motor e cognitivo). Pois o estudo do desenvolvimento humano deve considerar o sujeito como “geneticamente social” e estudar a criança contextualizada, nas relações com o meio. Partindo desse pressuposto, podemos dizer que a infância é um momento real e distinto de todos os outros, por isso mesmo, deve ser considerado de acordo com as suas peculiaridades. É neste período que expressamos nossos sentimentos, nossa criatividade da forma mais espontânea possível quando as atividades lúdicas são predominantes. Sabemos que é através das brincadeiras que as crianças estabelecem relação com o meio, interagem com o outro, para construir a própria identidade e desenvolver sua autonomia. As idéias de Wallon foram baseadas em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: afetividade, movimento e inteligência. A afetividade tem papel predominante no desenvolvimento da pessoa. É por meio dela que o aluno exterioriza seus desejos e suas experiências. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível,