O Jeitinho brasileiro e sua influencia na administração pública
O jeitinho implica no esforço de desbordar diretrizes da estrutura, reinterpretando-as segundo necessidades especificas. Contrario ao formalismo que é um fenômeno bastante visível na sociedade brasileira e na Administração Pública de modo peculiar. Mas tanto o jeito como o formalismo podem ser interpretados como a perspectiva estritamente administrativa, como uma conseqüência advinda da incapacidade das tecnologias gerenciais à realidade organizacional do setor público.
No processo de mudanças podemos afirmar que a resistência esta relacionada ao resultado de uma contabilização de perdas e ganhos potenciais que passam a decorrer de uma inovação introduzida por um processo de mudanças. Muita das vezes os processos de mudanças são dispendiosos, demorados e de difícil adaptação.
O brasileiro caracterizado por ser um povo guerreiro e motivador, diante dos processos de mudanças, prefere agilidade e não burocracia, e tenta dar um jeitinho nas dificuldades encontradas.
Podemos entender que o jeitinho brasileiro é o típico processo por meio do qual alguém atinge um dado objetivo a despeito de determinações contrárias (leis, ordens ou regras). Uma estratégia de fuga à formalização neutra e igualitária, um instrumento de poder principalmente daqueles que não aceitam a predominância da nacionalidade econômica, ética ou legal para a distribuição dos bens ou serviços, sendo assim um meio de driblar as leis e normas.
Historicamente o comportamento gerencial brasileiro é marcado pela impunidade, visto que a permissividade é sempre concedida e aceita pelos laços paternalistas e formalistas das relações pessoais e institucionais. As estruturas organizacionais são valorizadas ao extremo, busca-se evitar o conflito para não se tirar a estabilidade das estruturas. Desta forma o jeitinho é uma prática social que não está limitada às relações entre