O Japão e os Tigres Asiáticos

O Japão e os ”Tigres Asiáticos”
O que são “tigres asiáticos”? Os três grandes países da economia mundial são, atualmente, os Estados Unidos, a Comunidade Europeia e o Japão. Mas este último, que durante todo o pós-guerra conheceu uma elogiada estabilidade econômica. Na década de 1990 apresentam alguns problemas, inclusive políticos.

Durante quase meio século, o poder político japonês foi politizado pelo Partido Liberal Democrático. Vitimado por sucessivas denúncias de corrupção contra seus membros, em 1993 perdeu, pela primeira vez, as eleições parlamentares e foi substituído no poder por uma coligação de partidos oposicionistas ou dissidentes.
Naquele mesmo ano, o Japão mostrou que estava perdendo o fôlego, pois, já no segundo trimestre, seu produto nacional bruto (PNB) apresentou uma queda anual de 2%. Era a primeira retração da economia japonesa desde a crise do petróleo na década de 1970. Devido a essa recessão, o desemprego aumentou, atingindo 3% da população economicamente ativa, o que é pouco em relação às taxas de desemprego europeia ou americana, porém muito em relação à política econômica tradicional do Japão, que sempre se pautou pela busca do pleno emprego.
Para combater a recessão, o governo japonês começou a investir maciçamente em obras públicas e a tentar forçar a redução da taxa de juros para estimular novos investimentos no país. Mas o Japão também teve sua recessão agravada pelos conflitos comerciais com seus tradicionais aliados.
Nos negócios com os Estados Unidos, os japoneses vendiam muito mais do que compravam. Intimado pelos sindicatos de trabalhadores e industriais, descontentes com a recessão e o desemprego, o governo dos Estados Unidos pressionou o Japão para reduzir seu superávit comercial, comprando mais produtos americanos. A partir da década de 1970, os capitais japoneses começaram a ser tidos em determinados países asiáticos. Foram atraídos por uma mão de obra barata e disciplinados, por incentivos governamentais e pela