o islamismo
A palavra islã deriva da quarta forma verbal da raiz sim: aslama, submeter-se" e significa "submissão (a Deus)"; muslim, muçulmano, é seu particípio presente: "(aquele) que se submete (a Deus)".
Sendo uma das mais importantes religiões da humanidade, o islamismo está hoje presente em todos os continentes. É predominante no Oriente Médio, na Ásia Menor, na região caucasiana e no norte do subcontinente indiano, no sul da Ásia e na Indonésia, na África do norte e do Leste.
A Arábia, antes do islamismo, era território do politeísmo semítico, do judaísmo arabizante e do cristianismo bizantino. As regiões do norte e do leste, atravessadas pelas grandes rotas comerciais, foram profundamente influenciadas pelo helenismo e pelos romanos. No tempo de Maomé, o culto dos deuses tribais havia relegado a segundo plano a antiga religião astral do Sol, da Lua e de Vénus. A principal divindade tribal era adorada sob a forma de uma pedra, talvez meteórica, de uma árvore ou de um bosque. Em sua honra erigiam-se santuários, apresentavam-se oferendas e sacrificavam-se animais. A existência de espíritos onipresentes, às vezes malignos, chamados djins, era universalmente admitida antes e depois do advento do islamismo. Alá, "Deus", era venerado ao lado das grandes deusas árabes. As festas, os jejuns e as peregrinações eram as principais práticas religiosas. O henoteísmo e o monoteísmo do culto de al-Rahmãn também eram conhecidos. Grandes e poderosas tribos de judeus haviam-se estabelecido nos centros urbanos, como o do oásis de Yathrib, que mais tarde se chamaria Medina (Madina, "A Cidade"). As missões cristãs haviam feito alguns prosélitos (conhece-se um na família da primeira mulher de Maomé). No século VI d.C, Meca (Makka), com seu santuário da Caaba em torno do famoso meteorito negro, já era o centro religioso da Arábia Central e uma importante cidade comercial. Durante toda a vida, Maomé deploraria suas estruturas sociais, a rudeza de seus cidadãos, suas