O INÍCIO DA REVOLUÇÃO
Em agosto de 1914 a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha e a Áustria-Hungria. Nicolau II acreditava que por meio da guerra pudesse expandir o Império Russo e diminuir a insatisfação popular.
No entanto, o fato acentuou o descontentamento e precipitou o processo revolucionário. A guerra agravou a situação econômica e social do país. Os soldados, mal-armados e mal alimentados, foram dizimados em derrotas sucessivas. Em dois anos e meio de guerra, a Rússia perdeu 4 milhões de pessoas.
Em 1915, o czar Nicolau II decidiu assumir pessoalmente o comando do Exército, deixando o governo nas mãos de sua esposa, a Imperatriz Alexandra, e de Rasputin, um monge que agia como conselheiro do czar.
Em 1917, a escassez de alimentos era muito grande e provocou uma série de greves. Em 27 de fevereiro desse mesmo ano, uma multidão percorreu a capital do Império pedindo pão e o fim da guerra. Os manifestantes também criticavam o sistema monárquico.
A polícia e o exército, agora ao lado dos manifestantes, não reprimiram o movimento. Isolado, o czar abdicou, e um governo provisório foi constituído, chefiado pelo príncipe George Lvov. Esse governo, dominado pela burguesia russa, decidiu continuar na guerra, com planos de uma grande ofensiva contra a Áustria-Hungria.
A população russa, porém, discordava dessa orientação. O governo, sem controle de seus exércitos, não tinha forças para impedir as deserções dos soldados. Havia ainda a constante elevação dos preços dos gêneros alimentícios, contra a qual o governo nada conseguia fazer.
Nesse momento, grupos revolucionários já desenvolviam intensa atividade nas cidades, reativando os sovietes de trabalhadores, com o objetivo explícito de tomar o poder.
A ofensiva do novo governou contra a Áustria-Hungria fracassou. Isso agravou ainda mais a situação e provocou uma grande