O Império Romano

3075 palavras 13 páginas
Início do Império (crises na República)

Os séculos I e II a.C. são tidos como o período de crise da República Romana.
A transição da República para o Império foi marcada por diversas guerras civis, em que se defrontaram partidários do patriciado e defensores dos interesses da plebe.
O desdobramento dessas lutas foi a união de alguns líderes militares com o objetivo de garantir seus interesses. Em 60 a.C., os generais Pompeu, Crasso, e Julio César formaram o Primeiro Triunvirato (governado por três pessoas).

- Primeiro Triunvirato
Ante o crescente prestígio de Júlio, Crasso e Pompeu viram-se obrigados a aceitar sua presença no poder, criando uma fórmula chamada de Triunvirato, ilegal e não prevista na composição institucional da República.
A morte de Crasso, em 53 a.C., fez com que a oposição entre Pompeu, direto representante dos interesses da aristocracia patrícia, e Júlio ficasse explícita. O fortalecimento militar de Júlio, que acabara de derrotar definitivamente os gauleses, fez com que o Senado passasse a temer suas ambições políticas.
Por isso, numa tentativa de detê-lo, em 49 a.C. Pompeu foi nomeado cônsul único pelo Senado. Ao mesmo tempo, chamou Júlio de volta a Roma, numa clara manobra para esvaziar seu poder militar.
Pronunciando a famosa frase Alea jacta est ("A sorte está lançada"), Caio Júlio entrou em Roma à frente de seus exércitos, configurando um inegável golpe de Estado. Aclamado pela população e pelas tropas que deveriam defender Roma, Júlio se impôs ao Senado. Abalado pelo prestígio popular de Júlio, Pompeu fugiu para a Grécia, onde foi derrotado em 48 a.C.
Em 45 a.C., apoiado por seu exército, Julio César tornou-se o único governante de Roma e modificou as leis romanas, descaracterizando o regime republicano, que se tornou um regime autoritário.
Os quatro anos da ditadura de Júlio César foram marcados por crescentes atritos com o Senado. Tais atritos nasciam de sua origem pobre, ainda que aristocrática, e, principalmente, da percepção que

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