O IMPRESCINDÍVEL APORTE DAS CIÊNCIAS SOCIAIS PARA O PLANEJAMENTO E A COMPREENSÃO DO TURISMO
Margarita Barretto
Universidade de Caxias do Sul – Brasil
Percebe-se que o turismo percorreu algumas fases claramente identificáveis, principalmente por incerteza e desconhecimento do real papel do tema turismo na formação da sociedade. Fica notório o aporte das ciências sociais para o planejamento e a compreensão do turismo, visto que, o tema turismo por ser multidisciplinar, percorreu suas fases sendo analisado, porém persistindo uma falta de produção especifica para sua área, pois o tema sempre pareceu sem importância, sem relevância e sem valor cientifico.
Notamos que os primeiros estudos sérios realizados pela antropologia no campo do tema turismo esteve focado em desenvolver os impactos do turismo no México (Nash, 1996, p.I). Considero como sendo há primeira fase ou, fase inicial dos estudos voltados ao tema turismo. Nestes estudos nasce o aporte necessário para centralizar o turismo em diversos estudos, com diferentes enfoques, nos Estados Unidos por Nash (1996), na Inglaterra por Buns (2002) e, no Brasil, por Banducci Jr. (2001) e Steil (2002).
Entretanto este panorama inicial foi modificado, ou seja, recebeu um novo aporte, conduzido por um clássico da antropologia do turismo, onde os impactos do turismo nas culturas locais são discutidos e relativizados em função de outros fatores de aculturação (Smith, 1989). Cabe ressaltar que o termo “aculturação” foi criado em 1880 por um antropólogo chamado J. W. Powell para designar as transformações dos modos de vida e pensamento dos imigrantes em contato com a sociedade norte-americana (Cuche, 2002, p. 114).
Com o passar do tempo, a palavra se transformou em conceito para explicar o contato entre diferentes povos. E a partir de então o termo passa a significar: “A aculturação é o conjunto de fenômenos que resultam de um contato contínuo e direto entre grupos de indivíduos de culturas diferentes e que provocam