O imperio inca
A organização do seu governo imperial ocorreu a partir de uma série de vitórias militares que “intimidava” os outros povos: a expansão de seu território por meio delas e as populações que foram militarmente subordinadas só reafirmavam o poder dessa civilização. O Império Inca absorveu as diversas culturas das civilizações preexistentes, colocando-as a serviço da expansão e manutenção do Império. A vitória sobre os chancas, em 1438 d. C., liderada pelo inca Yupanqui, marcou o início da formação do Império. Ele ocupou quase todo o Peru, chegando até a fronteira do Equador. Seus sucessores expandiram o Império para o altiplano boliviano, norte da Argentina, Chile e Equador, até o sul da Colômbia.
O imperador inca (“O Inca” era como o chamavam) era considerado um descendente do sol e, por essa condição divina, deveria ser responsável pela criação das leis e era o principal guardião de todos os bens que pertenciam ao estado (inclusive as terras). Ao lado do inca havia uma rede de sacerdotes, escolhidos por ele entre a nobreza. Para manter o Império íntegro, criou-se uma complexa burocracia administrativa e militar. Os cargos administrativos eram distribuídos entre membros da nobreza e acabaram adquirindo hereditariedade. Os camponeses, chamados de llactaruna, em troca do direito de trabalho nos ayllus, eram obrigados a cultivar as terras do Inca e dos curacas e a pagar os impostos em mercadorias. Além disso, o estado os obrigava a trabalhar nas obras públicas, como as pirâmides, caminhos, pontes, canais de irrigação e terraços. Havia também os artesãos especializados, considerados artistas (pintores, escultores, ceramistas, tapeceiros, ourives, etc.), e os curandeiros e feiticeiros