O Império de Kush: Napata e Méroe Na primeira metade do II milênio, a cultura Kerma compunha o rico e próspero reino de Kush.Os estudos arqueológicos dessa região, é ainda bastante irregular, o que torna difícil a elaboração de um quadro histórico após a fase de domínio egípcio durante o Novo Império, onde, por quase três séculos parece ter-se rompido o vínculo entre a África e o mundo mediterrâneo. Reis da XXV dinastia que efetuaram a união do Egito e do Sudão. Como existia certa semelhança com os nomes e o papel desempenhado pelo deus Âmon, acreditou-se por muito tempo que esta dinastia descendia de refugiados egípcios que se originaram na região tebana. Mas, na realidade, trata-se de uma dinastia formada por sucessores dos antigos soberanos de Kerma. Naquela época os núbios ocupavam, pelo menos parcialmente, o Alto Egito. Piankhy, o monarca seguinte mandou gravar em Napata, uma das inscrições que atualmente é um das mais detalhadas sobre o antigo Egito já encontrado. Shabaka, que era seu irmão, subiu ao trono por volta de -713, e submeteu ao império de Kush todo o vale do Nilo até o Delta. A política global do Oriente Próximo arrastou os cuxitas em direção á Ásia, onde se iniciava a pressão assíria. Taharqa construiu santuários ao pé da montanha sagrada de Djebel Barkal, ele também erigiu colunatas na região tebana, e também existem evidências de sua presença em Mênfis e no Delta. Sua política era constituída por construções religiosas, ricas oferendas em baixelas, objetos de cuto, materiais preciosos e doações de pessoal. Taharqa aceitou o desafio de guerra contra os assírios, e seu nome aparece muitas vezes na Bíblia em passagens nas quais é evidente o terror causado pelos guerreiros negros do reino de Kush. Durante cinquenta anos, Egito e o Sudão unidos formaram uma grande potência africana. Os soberanos da XXV dinastia copiam os faraós do Egito em seu comportamento, roupas e atitudes. As inscrições são egípcias, mas os caracteres físicos assemelham-se