O impacto social da gripe a
Gripe Suína e Educação
Em meio a tantas especulações e sensacionalismo diante do aparecimento da gripe suína, que atitudes nós, profissionais da área da educação, devemos manter diante dos alunos? Afinal, sabe-se que saúde também é uma questão de educação.
Presenciamos um escândalo generalizado, que tem causado medo, angústia e insegurança em adultos, jovens e até mesmo nas crianças, que se sentem aterrorizados pela gripe suína. Existem casos de crianças que não querem mais comer carne de porco com medo de contrair a doença.
Há alguns anos tivemos o caso da gripe aviária, que embora tenha levado algumas pessoas a óbito, não foi dos casos mais graves. A partir de dezembro de 2003, de 117 pessoas infectadas, 60 morreram, tendo a doença um índice baixo de infecção, porém alto em relação à mortalidade.
Dados do Ministério da Saúde revelam que outras doenças matam muito mais do que a gripe aviária, (e hoje a suína) como a diarreia infantil, febre amarela (cerca de 15% dos doentes infectados com febre amarela apresentam sintomas graves, que podem levar à morte em 50% dos casos), leishmaniose (na última década, o registro de casos confirmados tem variado entre 30 e 40 mil por ano, no Brasil) e malária (que registra no Brasil por volta de 500 mil casos por ano). Porém, essas doenças atingem a classe baixa da população, não causando impacto social sobre as classes média e alta, tornando-as imperceptíveis aos olhos da população dominante do país.
O soro fisiológico, para tratamento da diarreia infantil, tem seu custo por volta dos míseros vinte e cinco centavos, e pode extinguir de vez o problema da mortalidade infantil, por esse motivo que, inclusive, mata muito mais do que a gripe aviária e, na atualidade, a gripe suína.
Com a malária, a leishmaniose e a febre amarela não é diferente. Os custos para os tratamentos dessas doenças são míseros e as mesmas poderiam ser extintas dos problemas mais sérios de saúde do país, mas não são.
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