O impacto da automação e a questão do trabalho
No Brasil, o processo de reestruturação produtiva se instaurou após a crise de desenvolvimento baseando-se na “substituição das importações”, no ano de 1970. Esse processo reflete a crise do padrão fordista
Nesse contexto, o processo de reestruturação produtiva no Brasil, houve novos padrões de competitividade internacional e as mudanças econômicas que ocorreram no pais, como desemprego, crise do padrão industrial no desenvolvimento e a política de abertura econômica, baseada no neoliberalismo.
A crise e retração do mercado interno e as necessidades de incremento de superação da balança comercial para o pagamento da dívida externa implicaram em pressão por exportações, fazendo as empresas a buscar novos padrões de qualidades, inovações tecnológicas e nova gestão de mão-de-obra, sendo assim mão-de-obra qualificada.
Leite (1993) e Druck (1999), ao tratarem da reestruturação produtiva no Brasil, identificaram três períodos de modernização tecnológica:
1º Período; (final de 1970, inicio de 1980), têm como propostas inovadoras a concentração na adoção dos CCQs (círculos de controle de qualidade), sem que as empresas preocupassem em alterar de modo significativo as formas de organização do trabalho ou em investir mais efetivamente em novos equipamentos microeletrônicos.
2º Período; (1984 e 1985), retomada de crescimento econômico. Ampliam-se as inovações tecnológicas através da introdução da automação industrial de base microeletrônica. Neste segundo período de processo de reestruturação produtiva ocorrem, sobretudo, nos complexos automotivos, nas montadoras, nas autopeças, nos ramos petroquímicos e siderúrgicos, nas indústrias de bens de capital, principalmente, as empresas exportadoras e subsidiarias de multinacionais. 3º Período (1990), as empresas concentraram seus esforços nas estratégias organizacionais, inovações tecnológicas que visavam aumentar a eficiência das empresas, bem como na adoção de novas formas de