O imortal e o tempo
CURSO DE LETRAS – HABILITAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA
DISCIPLINA: Literatura I
PROFESSOR: Marton Gémes.
ACADÊMICO: Francisco Ricardo da Costa Azevedo.
O imortal e o tempo no soneto “One day a wrote her name” de Edmund Spencer (1552-1599).
A imortalidade sempre foi um mistério para os seres humanos e também um dos seus maiores desejos. Porém, o tempo faz com que todas as coisas existentes envelheçam e morram, contrariando assim a ideia de que é possível torna-se imortal. O soneto de Edmund Spencer mostra exatamente esse conflito, onde a personagem tenta eternizar a pessoa amada, mas é impedida pelo tempo.
O soneto é escrito em 3 quartetos e um dístico final, com estrutura de rimas ABBA BCBC CDCD EE. A cada quarteto vemos uma sucessão de acontecimentos. No primeiro quarteto, temos a imposição do problema. Já no segundo, há uma discussão sobre a questão levantada. No terceiro, há a síntese do problema e no dístico final um pequeno resumo de tudo que aconteceu e a solução.
O poeta começa o primeiro quarteto do soneto descrevendo a cena onde a personagem escreve o nome da pessoa amada na areia, porém vem o mar e apaga, “One day I wrote her name upon the strand, But came the waves and washed it away” (SPENCER- 1595). Começa então a tentativa da personagem em imortalizar a amada, mas o tempo representado pelo mar, não deixa que ele consiga escrever o nome. Ainda no primeiro quarteto o eu- lírico tenta novamente reescrever o nome, mas é impedido novamente, “Again I wrote it with a second hand, But came the tide and made my pains his prey.” (SPENCER, 1595).
Nesse primeiro quarteto, a sentimentalidade da personagem está sendo exposta, onde o poeta está preocupado no amor a representação de algo eterno. O eu-lírico enfrenta o tempo na busca do impossível.
O texto de Frye (1912 – 1991), fábulas de identidade, explica a função do tempo no soneto,
O tempo é o inimigo de todos as coisas nos sonetos, o devorador universal que reduz à