O iluminismo
Desde essa altura existem milhares de registos de atuações, que hoje reconhecemos como ilusionismo, um pouco por toda a história. Frequentemente os ilusionistas do passado eram encarados como detentores de poderes sobrenaturais, o que resultou numa dura perseguição no período da Inquisição.
O primeiro livro na qual surgem descritas as explicações de números de ilusionismo chama-se The Discovery of Witchcraft, e foi escrito por Reginald Scot em 1584 com objetivo de demonstrar que os poderes sobrenaturais não existem. Em Portugal, a primeira descrição por escrito de um número de ilusionismo surge no livroThesouro de Prudentes em 1612 por Gaspar Cardoso de Sequeira.
A profissão de ilusionista, no sentido atual do termo, apenas veio a ganhar notável prestígio a partir do século XVIII. Um dos grandes impulsionadores do ilusionismo moderno chamava-se Jean Eugène Robert-Houdin (1805-1871) e era de nacionalidade francesa. O seu passado de relojoeiro permitiu-lhe criar ilusões originais, de grande engenho e espetacularidade, que apresentava no seu pequeno teatro para a elite parisiense. Robert-Houdin frequentemente é referido como o “pai do ilusionismo moderno” uma vez que terá sido dos primeiros ilusionistas a trazer a magia para os palcos elegantes dos teatros e de festas privadas, afastando-se do mágico saltimbanco que atuava nas ruas e feiras.
No início do século XX tornou-se célebre o ilusionista de origem húngara Ehrich Weiss (1874-1926) que adoptou o nome artístico de Harry Houdini, inspirado por Robert-Houdin. Os seus números frequentemente envolviam fugas de algemas, correntes e camisas-de-forças.
Em 1948 foi fundada a Fédération Internationale des Sociétés