O ideal homérico e a educação espartana
O ideal homérico tem por objetivo formar um guerreiro bom e belo, utilizando como modelo a ser seguido, os personagens como Aquiles, Ulisses e Heitor dos poemas homéricos, Ilíada e Odisséia, que representam o indivíduo perfeito, tornando-o num herói que deveria destacar certas virtudes.
...a palavra virtude adquire aí um sentido de força e coragem, atributos do “guerreiro belo e bom, aos quais se acrescentam a prudência, a lealdade, a hospitalidade, bem como a honra, a glória e o desafio à morte. São esses os valores de uma sociedade aristocrática que justifica os privilégios de uma linhagem nobre, de origem divina (ARANHA, 1996, p.50).
Esta formação era essencial para formar um cidadão ético, justo e sábio, para que essa elite nobre pudesse participar das assembléias e atuar em guerras, ou seja, um homem de ação e de sabedoria, que através de seu heroísmo exaltava seu Estado. Da mesma forma, a educação espartana também visa defender o Estado, mas com um enfoque para formação militar, tendo uma educação mais severa, sendo de responsabilidade obrigatória do Estado, onde desde o nascimento até a morte, o indivíduo pertencia ao Estado e que a partir dos sete anos a criança é entregue à orientação do Estado com professores especializados e após os doze anos inicia-se o treinamento militar a condições precárias.
Os jovens aprendem a suportar a fome, o frio, a dormir com desconforto, a vestir-se de forma despojada. A educação moral valoriza a obediência, a aceitação de castigos, o respeito aos mais velhos e privilegia a vida comunitária (ARANHA, 1996, p.51).
Somente com trinta