O ideal científico e a razão instrumental

A Ciência é a resposta que buscamos, desde o princípio, para conhecer a realidade. A lógica, por sua vez, que administra o pensamento científico da época atual está centrada na ideia de provas através das operações de análise, síntese e interpretação. A doutrina contemporânea funda-se: na ideia de objetividade, na ideia de método para a confirmação ou falsificação dos resultados obtidos, nas operações de análise e síntese que descrevem os fatos observados ou constroem a própria entidade objetiva como um campo de relações internas necessárias, na ideia de lei do fenômeno que diz como o objeto se constitui de maneira geral segundo um sistema complexo de relações necessárias de causalidade, complementariedade, inclusão e exclusão. O estudo estabelece-se também o uso de instrumentos tecnológicos que confere à ciência precisão e controle dos resultados, aplicação prática e interdisciplinaridade, a criação de uma linguagem específica e própria, pois deseja apenas construir seus aspectos quantitativos e relacionais.
A linguagem científica destaca uma linguagem puramente denotativa sem múltiplos sentidos. A ciência buscar trazer um significado único e real, tornando-o universal.
Desde o humanismo, duas concepções sobre o valor da ciência estiveram sempre em confronto. A primeira delas, ciência desinteressada, afirma que sua teoria independe de sua aplicação prática, pois objetiva levar o ser humano à conhecimentos novos sobre a realidade e não ser aplicável praticamente. A segunda concepção, utilitarismo, confere ao contrário da primeira, usando aplicações práticas dos conhecimentos para lhes conferir valor.
Se ignorarmos as complexas relações entre as teorias científicas, desfrutaremos do senso comum que tende a identificar as ciências com os resultados de suas aplicações. Essa identificação desemboca numa atitude conhecida como cientificismo, isto é, a fusão entre ciência e técnica e a ilusão da neutralidade científica. O cientificismo desemboca numa ideologia e numa