O iceberg organizacional
Por Gustavo Boog*
A analogia do iceberg como imagem da organização é perfeita: existe uma parte menor e visível acima da linha da água que representa os resultados da empresa. E existe uma grande parte, invisível, abaixo da linha da água, representando as dimensões “pessoas” e “inovação”, igualmente importantes, mas que não têm o mesmo grau de visibilidade.
Explorando mais uma vez a conhecidíssima tragédia do Titanic, em que um iceberg rasgou o casco do gigantesco navio e o levou ao fundo do mar em pouco tempo, na sua arrogância, os construtores diziam que nem Deus poderia afundar este navio. Mas a tragédia veio, e a causa do naufrágio ocorreu exatamente abaixo da linha da água. Quantos negócios não afundam de igual forma? Quantas vezes o sucesso imediato no faturamento, na lucratividade não causam cegueira aos dirigentes, fazendo com que não prestem muita atenção aos movimentos da concorrência, às necessidades dos clientes, e às partes menos visíveis das competências do pessoal, à vontade de fazer a diferença e às inovações? Estes são os icebergs que estão à volta das empresas e que as levam a afundar.
O que significam as dimensões do iceberg?
Todas organizações e todos os gestores, para terem sucesso continuado, devem colocar seu foco em três dimensões: os resultados, as pessoas e a inovação.
Resultados são a parte visível do iceberg e alguns dos seus indicadores são:
Volume de faturamento
Lucratividade
Fatia de mercado
Patrimônio empresarial
Pessoas incluem:
Competências
Motivação
Sentido de equipe
Políticas de gestão de pessoas (RH)
Estilos de liderança
Comunicações
Inovação abrange:
Investimentos em pesquisa e desenvolvimento
Atualização tecnológica
Postura e incentivo a novas idéias
Velocidade de transformação das idéias em realidade
Como tornar o invisível mais visível?
Diversas ações são possíveis, mas todas elas partem do pressuposto que as três dimensões resultados, pessoas e inovação são