O humanismo renascentista
Foi Giorgio Vasari, em sua Vida dos mais excelentes pintores, escultores e arquitetos(1550), quem primeiro empregou o termo "renascimento" para designar a retomada do estilo clássico na pintura perlo pintor Giotlo (Séc. XIV), influenciando um novo estilo, que rompe com a arte gótica, característica do final do período medieval. O conceito de renascimento designando um período histórico, intermediário entre o medieval e o moderno, e abrangendo os séculos XV a XVI origina-se, entretanto, da obra do historiador da arte suíço Jacob Burkhardt, A civilização do Renascimento na Itália (1860). Este conceito foi adotado por outros historiadores da arte como o inglês Walter Pater.
As histórias da filosofia tradicionalmente não reconheciam no Renascimento importância ou especificidade do ponto de vista filosófico, sendo apenas um período de transição entre a Idade Média e a Modernidade. Atualmente, essa tendência tem mudado, o Renascimento tem sido visto como detentor de uma identidade própria, desenvolvendo uma concepção específica de filosofia e do estilo de filosofar que, se rompe em a escolástica medieval. Talvez o traço mais característico desse período seja o humanismo que chega inclusive a ter uma influência determinante no pensamento moderno.
O Renascimento, fie; à sua valorização dos clássicos foi buscar o lema do humanismo no filósofo grego da sofística, Protágoras, em seu célebre fragmento: "O homem é a medida de todas as coisas". Este lema marca de forma decisiva a ruptura com o período medieval, com sua visão fortemente hierárquica de mundo, com sua arte voltada para o elemento sagrado e com sua filosofia a serviço da teologia e da problemática religiosa.
No período carolíngio, o humanismo renascentista retoma mais uma vez a herança greco-romana com base da nova identidade cultural que pretende construir. O filósofo que mais fortemente marcou os últimos séculos da escolástica, Aristoteles, sofre um certo grau de rejeição, dando-se