O Homem
Curso: Licenciatura em Filosofia
Disciplina: Antropologia Filosófica
Período: 3º
A posse e o uso da razão caracterizam o homem distinguindo-o dos outros animais. É capaz de refletir, emitir juízos, dominar e modificar a natureza através de suas conquistas técnico-científicas bem como elaborar conceitos e ideias. É dotado de um poder de conhecimento ilimitado: compreende a si mesmo e às coisas que o cercam, o que lhe permite alterar consciente e intencionalmente as circunstâncias em que vive.
O homem não só é capaz de conhecer, de refletir e de raciocinar sobre os demais seres vivos, mas, acima de tudo, tem a capacidade de conhecer e compreender a si mesmo. Ele se questiona sobre o sentido de sua existência, porque e para que vive. Ele se indaga acerca dos valores morais, sociais, políticos e culturais que cultiva. Como ser racional, busca seus fins, a partir de seus valores: tornar-se efetivamente humano, isto é, tornar-se pessoa.
O homem sobressai-se em relação a outros seres, fundamentalmente em função da razão, porque parece que só ele está habilitado para refletir, analisar, ajuizar, criticar, propor, afirmar, negar, manipular, transformar, etc.
O animal não percebe tudo como os homens. Só percebe o que lhe é de proveito biológico, que desencadeia uma reação instintiva [...]. O homem não é originalmente um sujeito puro, sem mundo e sem história. [...], nos encontramos no outro. A nossa existência está condicionada de diversas maneiras também no seu desenvolvimento espiritual. O que eu sou, como me experiêncio e compreendo, é o resultado dum permanente intercâmbio entre mim e o meu mundo.
A experiência humana sempre está penetrada pela compreensão racional, pela avaliação volitiva e emocional, pela recordação do passado e pela antecipação do futuro. No nosso mundo da experiência nos encontramos, antes de tudo, como homens entre homens. O ser-no-mundo é inseparável do ser-com-outros. A compreensão do mundo é