O homem e o lixo
Segundo Melendi (s/d) o termo intervenção urbana designa os movimentos artísticos relacionados às intervenções visuais realizadas em espaços públicos.
O que hoje chamamos de intervenção urbana envolve um pouco da intensa energia comunitária que floresceu nos anos de chumbo. Os trabalhos dos artistas contemporâneos, porém, buscam uma religação afetiva com os espaços degradados ou abandonados da cidade, com o que foi expulso ou esquecido na afirmação dos novos centros. Por meio do uso de práticas que se confundem com as da sinalização urbana, da publicidade popular, dos movimentos de massa ou das tarefas cotidianas, esses artistas pretendem abrir na paisagem pequenas trilhas que permitam escoar e dissolver o insuportável peso de um presente cada vez mais opaco e complexo (MELENDI, s/d, s/p.).
Para Barja, (s.d.) “a linguagem da intervenção urbana precipita-se num espaço ampliado de reflexão para o pensamento contemporâneo. Essa linguagem instala-se como instrumento crítico e investigativo para elaboração de valores e identidades das sociedades.” Ainda de acordo com Barja, esse tipo de intervenção aparece como uma alternativa aos circuitos oficiais, capaz de proporcionar o acesso direto e de promover um corpo-a-corpo da obra de arte com o público.
Ampliando o conceito puramente artístico do termo “intervenção urbana” surgiu um questionamento maior: até que ponto intervenções urbanas podem resgatar a imagem de uma cidade? Qual o papel da cultura e da educação nesse processo?
Portanto, diante