O homem e os jardins da antiguidade
a) O Jardim do Éden Enquanto a Teoria Evolucionista enfatiza a natureza tida como “furiosa e voraz”, a Teoria Criacionista traz uma visão de prazer e alegrias indescritíveis encontradas na mesma. A versão mais difundida da teoria criacionista sugere que, muito antes que surgissem as primeiras civilizações organizadas, Deus criou todas as coisas que existem e as legou a Adão e Eva. A Bíblia Sagrada registra a existência do “Jardim do Éden” - um lugar de beleza e perfeição inimagináveis -, onde Deus dá ao homem e a mulher a função de guardá-lo e cultiva-lo. Os dois primeiros capítulos de Gênesis descrevem este jardim como um maravilhoso lugar, um verdadeiro Paraíso na Terra; Ainda, a Bíblia o descreve como sendo uma região cortada por rios, planícies, montanhas e vales verdejantes, onde “(...) o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; (...)”. Neste contexto, a natureza exuberante remete a toda forma de significados relacionados à fertilidade, à vitalidade e o alimento em si proporcionado através dela ao homem. Esta visão confere com as palavras de MOURÃO (p.30): O Jardim é sempre a evocação da Vida, da fecundidade em superabundância (...). O jardim é, por excelência, esse espaço pacificante, utópico lugar de sossego e de recolhimento, transmitindo uma mensagem simbólica e alegórica da felicidade. Imagem da eternidade e da totalidade do mundo (...). Ainda hoje, a localização exata do antigo do Antigo Éden é vista como um grande mistério. Porém, acredita-se que ele tenha existido em territórios da Mesopotâmia, uma região geográfica entrecruzada pelos rios Tigre e Eufrates, e que após o Dilúvio, tenha desaparecido definitivamente. Este seria o fim da reminiscência do Paraíso de Adão e Eva. Zuylen (1994) reforça a tese da antiga localização do Éden: No começo Deus criou um jardim. Éden era o seu nome. Segundo a tradição,