O homem: um ser-para-si

O Homem um “Ser-Para-Si”
De acordo com o filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905-1980), a filosofia deveria concentrar-se sobre a existência das coisas, que possuem duas naturezas:
A primeira natureza diz respeito aos “seres-em-si”, que são todos os objetos existentes, onde não há a consciência de si e do mundo, eles simplesmente existem, como um livro, uma borracha, um celular, uma flor etc.
Já a segunda natureza refere-se aos “seres-para-si”. Neste caso trata-se do homem, que é dotado de consciência de si mesmo e dos objetos que o rodeiam.

“O Inferno são os Outros”
Ainda, Sartre nos diz que “O Inferno são os outros”, afinal o ser humano, o “ser-para-si”, não está só e convive com outros homens no mundo, também dotados de liberdade. Este “Outro” pode ser contra ou a nosso favor, criando um problema com a inter-relação dos indivíduos.
Com essa afirmação de Sartre, podemos entender que muitas pessoas abandonam sua autonomia em favor da aprovação do outro, tomando a vida um inferno existencial.

A existência precede a essência Jean-Paul Sartre defende que “a existência precede a essência”, afinal, de acordo com o mesmo, o homem é o único ser capaz de criar-se a si mesmo. Logo, somente o homem é um ser livre e em constante construção. Sartre em nenhum momento nega que o homem possua uma essência, somente defende que ela passa a existir após a sua existência e que a mesma se forma numa criação incondicional de suas escolhas.
A ausência de Deus
“De fato, tudo é permitido se Deus não existe, e, por conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio, nem fora dele, nada a que se agarrar. Para começar, não encontra desculpas” (SARTRE,1987:9).
Na citação acima, é demonstrado que o homem não possui nenhuma essência antes de vir ao mundo, isto é, nega a existência como sendo obra do destino, e assim, discorda da noção de vida determinada pelas leis de Deus. O destino do homem nada mais é do que a sua liberdade.

A angústia
A