O homem em busca de sentido
“A busca do indivíduo por um sentido é a motivação primária em sua vida” (FRANKL, 1985, p.124).
Viver é, portanto, submeter-se ao constante desafio da busca, ou seja, do inquieto desejo de encontrar razão e significado para a própria existência. Pelo vocábulo “busca” subentende-se processo, continuidade e, não necessariamente, encontro ou resposta imediata. A verdadeira busca exige paciência, esforço pessoal e contínua reflexão.
A vida é, por assim dizer, uma eterna procura por “algo” que gere alguma sensação de completude, de autorrealização e de liberdade, sobretudo interior. Cada pessoa tenta encontrar seu próprio rumo ou mesmo “ideal” pelo qual valha a pena gastar a própria vida. Sem isto, tudo não passaria de vazio e caos.
Contudo, uma busca que não se baseie em conclusões imediatas é, no mínimo, angustiante. Sobretudo para aqueles que, imersos na rapidez do mundo contemporâneo, parecem ter desaprendido o valor da espera e da pausa tão necessárias.
Todavia, a descoberta pelo sentido do existir passa, essencialmente, pelo campo do autoconhecimento. Quando o Homem é capaz de identificar em seu ser as potencialidades, limites, inquietações e, assim, reconhece o mistério por trás da própria fragilidade humana, ele então poderá considerar-se apto a percorrer, a partir de suas realidades essenciais, o verdadeiro sentido da existência.
“O homem é capaz de mudar o mundo para melhor, se possível, e mudar a si mesmo para melhor, se necessário”. (FRANKL, 1985, p.153)
Embora durante a longa busca pelo sentido da vida apareçam muitos “mestres, conselheiros”, a começar pelos pais, os amigos, ninguém pode decidir por outro o caminho da realização pessoal. Cada pessoa é responsável por essa grande descoberta.
Saber ouvir e discernir as