O homem, as viagens e o humanise sus - análise

O homem, as viagens e o Humaniza SUS

Para se estabelecer um paralelo entre a poesia de Drummond e os objetivos centrais do humaniza SUS, é necessário, antes de tudo, perceber, nas entrelinhas da poesia a quais referenciais podemos nos ater.
Na poesia de Drummond o homem busca a plenitude, viaja em uma incessante busca de si mesmo, mas sempre se enganando, fugindo de si mesmo. A viagem interior a que se refere o poeta traz no seu bojo a ideia de dificuldades, quando ele se refere à dificílima dangeroríssima viagem.
O que resta das viagens do homem, a civilização, a colonização do homem por outro homem, é tentar compreender o que se passa dentro de si, refletir e descobrir que no íntimo há uma alegria imperecível de se con-viver. Nesse ponto, a Política de humanização do SUS, que nos seus objetivos centrais reconhece a diversidade de um povo, busca o estabelecimento dos vínculos da solidariedade, se coaduna com o poema de Drummond, pois as reflexões deste inferem aos objetivos da referida Política Nacional de Humanização do SUS.
A colonização e a civilização perdem, no momento final do poema, seu significado e esse domínio de um ser sobre o outro, aplaca a inquietude humana e estabelece-se uma satisfação de se descobrir perene em relação aos outros seres humanos. È como se fôssemos também co-responsáveis pelo bem estar do outro, o que evidencia no paralelo que se instaura acerca da Política Nacional de Humanização do SUS, no que se refere a um dos seus objetivos centrais: “o aumento do grau de co- -responsabilidades na produção de saúde e de sujeitos”.
A criação de vínculos solidários entre gestores, trabalhadores e usuários, do SUS, e a capacidade de transformar a realidade através da responsabilidade compartilhada, da participação coletiva nos processos de gestão e de atenção, conforme prioriza o PNHS nos remete novamente à poesia de Drummond. O poema fala da trajetória do homem em tornar-se humano, através do conhecimento de si mesmo através das relações