O histórico do método cientifico
A ciência é uma das poucas realidades que podem ser ligadas às gerações seguintes. Os homens de cada período histórico assimilam os resultados científicos das gerações anteriores, desenvolvendo e ampliando aspectos novos. Com o passar do tempo, os conhecimentos tidos vão sendo reformulados, os seus elementos de continuidade vão sendo aperfeiçoados e ampliados ao longo da história.
Essa evolução das ciências tem como mola propulsora os métodos e o instrumento de investigação aliado à postura científica, perspicaz, rigorosa e objetiva. Isso acontece quando ele faz ciência, quando investiga cientificamente. Porém, não é possível fazer um trabalho cientifico sem conhecer os instrumentos. E estes se constituem de leis naturais, teorias e conceitos que devem ser bem diferenciados de conhecimento a respeito das atividades cognoscitivas.
No processo de conhecimento, o sujeito se apropria de certo modo, do objeto conhecido. Se a apropriação é física, por exemplo, a representação de uma onda luminosa, de um som acarretando uma modificação de um órgão corporal do sujeito cognoscente, tem-se um conhecimento sensível. Pelo conhecimento, o homem penetra nas diversas áreas da realidade para dela tomar posse. Ora, a própria realidade apresenta níveis e estruturas diferentes em sua constituição. Assim, a partir de um ente, objeto, fato ou fenômeno isolado, pode se continuar até situá-lo em um contexto mais complexo. Essa complexidade do real, objeto do conhecimento, ditará formas distintas de apropriação por parte do sujeito cognoscente. Com relação ao homem, por exemplo, pode-se considerá-lo em seu aspecto externo e aparente e dizer uma série de coisas ditadas pelo bom senso ou ensinadas pela experiência cotidiana. Da mesma forma pode ser feito em outros campos de investigação. Têm-se, então o conhecimento empírico, chamado de vulgar ou senso comum, é ametódico e assistemático, adquirido pela própria pessoa na sua relação com o meio ambiente