O Historiador E A Hist Ria Na Forma O Da Na O Brasileira
O padrão da escrita histórica no século XIX constitui no inventariar documentos.
Há quem diga que o século XIX é o século da História, colocando o historiador como aquele que detém o saber da sociedade. Nasce a História como um saber, uma disciplina. O lugar do ensino de história nas escolas vai ocupar um lugar até então inexistente.
Fazer História, construir e desconstruir a História e agora mostrar que a mesma é transformação. Nada na História é natural. O historiador torna-se um pesquisador, um cientista.
Com a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1838), começa-se na realidade a construção de história da nação, ordenando-se, construindo-se e recolhendo-se documentos com o objetivo de se criar uma História de cunho Nacional. De um país, o Brasil começa-se a amolar-se uma nação brasileira, onde os personagens da nação serão os heróis a serem descobertos e exaltados (SCHMARCZ, 1993, p. 99). De certa forma o IHGB é um herdeiro do iluminismo, mas também do romantismo, por conta do contexto social (nacionalismo).
Financiados pelo imperador Pedro II e pelos demais sócios, o Instituto Geográfico Brasileiro nasce na dependência não só do poder imperial, mas na esteira de criar um tipo de história de heróis a serem perpetuados no tempo. Fazem perto dos seus sócios beneméritos aqueles que são capazes de apresentar-se dentro de uma elite intelectualizada, dentro de uma perspectiva de valorização dos feitos, de alguns previamente apostados, com a descrição para a posteridade, de suas respectivas contribuições honrosas para a nação. Tais trabalhados e discursos históricos