O grau zero do Conhecimento
O GRAU ZERO DO CONHECIMENTO
IVAN DOMNINGUES
1. A idade das ciências Humanas
Em diferentes épocas o homem desenvolveu formações discursivas as mais variadas para tentar entender “o que é o homem?” e o seu destino no universo.
A idade das ciências humanas se divide, portanto, em 4 períodos:
a) A idade cosmológica (antiguidade clássica/ homem pensado a partir do cosmos)
b) A idade teológica (Idade Média/ homem pensado a partir dos desígnios da providência divina)
c) A idade mecânica ( Modernidade/ homem interrogado a partir dele mesmo e de sua subjetividade)
d) A idade da História ( Contemporânea/ descentramento do homem/ antropologia do homem histórico)
Vejamos cada uma: a- A Antiguidade Clássica.
Utiliza a mitologia grega para explicar como surgiu o homem, ou seja, a partir de Cronos, Urano, Zeus e Prometeu, imortais, surgem os mortais, que buscam então o conhecimento e o trabalho para igualarem-se aos deuses.
Prometeu fabrica as estátuas de barro e depois com a boca, insufa-lhes espírito de animais. Depois Atena, filha de Zeus, lhes fornece um gole do líquido e viram homens, com alma. Prometeu deve ensinar-lhes tudo e para isso rouba o segredo do fogo de Zeus, que irá lhe custar caro.
Então, é perfeito como os Deus, pois possuí alma, e imperfeito, mortal e miserável, como os homens. P. 18 citação para o artigo, que deverá pensar sobre a condição de alma e portanto, de indagação que essa condição passa a exercer sobre os outros homens.
Logo, o homem descobre o lógos, a alma racional, e então começa a ter consciência de si. Estes celebrados por Platão, na pessoa de Sócrates, com a necessidade do “conhece-te a ti mesmo” e o que é o homem. Sua análise é inteiramente antropológica, chegando a desprezar o conhecimento das coisas em si, pois o homem só pode ser conhecido pela sua consciência, ou seja, alma. Para ele a verdade é um ato social e só pode ser obtida através da cooperação