O Golpe Militar de 1964 A ditadura militar no Brasil se instaurou após muitas crises politicas. Em agosto de 1961, o então vice-presidente João Goulart é alvo de uma primeira tentativa de golpe. Ele está na China, em viagem oficial, quando o presidente Jânio Quadros renuncia. Ao tentar retornar para assumir o cargo, é impedido pelas Forças Armadas. Para reverter à situação, o governador do RS, Leonel Brizola, lidera uma mobilização nacional. A campanha tem grande adesão e sai vitoriosa. No dia 13 de março de 1964 em frente ao “Ministério da Guerra” - RJ ocorre o Comício das Reformas. É considerado um dos episódios decisivos para o golpe de 1964. Jango reúne milhares de pessoas, e faz um discurso inflamado à multidão. O presidente assina decretos determinando a estatização de refinarias particulares e a desapropriação de terras às margens das rodovias para a reforma agrária. Em 19 de março de 1964, a reação conservadora ganha força, nas ruas de São Paulo. Milhares de pessoas protestam contra as reformas de base, indo contra à política de governo e à suposta ameaça comunista. O medo de que o Brasil pudesse virar uma Cuba, “Cuba gigante”, em um mundo dividido pela Guerra Fria, une as elites e a classe média na Praça da Sé, com apoio da Igreja e da mídia. A marcha dá respaldo à intervenção militar. Na madrugada de 31 de março de 1964, o general Olympio Mourão Filho coloca as tropas na rua, em Juiz de Fora (MG), e precipita o golpe. Jango deixa a sede do governo, no Rio, vai para Brasília e depois a Porto Alegre. Decide não reagir e segue para o exílio no Uruguai. Antes disso, o cargo é dado como vago. Em 15 de abril, o general Humberto de Alencar Castello Branco é ungido ao poder. A junta militar publica o primeiro Ato institucional, no dia 9 de abril de 64, que nasce sem numero e sob a justificativa de impedir a comunização do país. Este documento da permissão para as primeiras cassações e suspensões de mandatos e direitos políticos. Nesse ato