O gestor Macaco
POR CARLOS REIS
“Deixa a vida me levar, vida leva eu...”. A filosofia Zecapagodiana não se aplica as organizações. Mas por quê? No início do século passado o “administrador científico” Taylor definiu a divisão do trabalho como um dos princípios universais da administração. Este princípio tem em sua origem, uma das principais teorias econômicas da história da humanidade, postulada por Adam Smith em seu livro, “A Riqueza das Nações”. Ao observar uma fábrica de alfinetes com 12 operários, ele constata que quanto maior a divisão das tarefas, maior era a produtividade da organização. Como conseqüência deste princípio, a organização foi dividida na horizontal, criando os departamentos; e na vertical, criando os níveis administrativos. Está última consiste em separar quem faz de quem pensa. A partir deste momento, surge a figura do gestor, com as competências, entre outras, de pensar o futuro da organização. Assim, quanto mais alto o nível hierárquico ocupado pelo gestor, maiores as atividades de pensar.
Os gestores brasileiros pensam sobre o futuro do negócio? A resposta é tão óbvia que não será abordada. Vamos concentrar nossos esforços para entendermos o “porquenão”...
1. Por questões históricas: ao interpretar a história do Brasil de maneira sintética no último século, passamos pela política do café-com-leite onde predominava o voto de cabresto orquestrado pelos coronéis. A Era Vargas que tinha uma proposta de ruptura, logo se transforma em ditadura, seguida então, após um breve período de democracia, pela ditadura militar. Dessa forma, nos últimos anos o brasileiro sempre foi adestrado a não pensar. As ditaduras acabaram, mas a cultura de não pensar permanece nas organizações brasileiras;
2. O gestor brasileiro não sabe como pensar: a maneira de lidar com esta questão é estruturar um planejamento estratégico. Está é a melhor ferramenta que um gestor pode dispor para pensar o futuro de um negócio;
3. O gestor brasileiro não