O gesto Musical
Prof. Domingos A.R. Morais
IELT (Instituto de Estudos de Literatura Tradição) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
MPIAEA (Movimento Português de Intervenção Artística e Educação pela Arte)
1 - O caso português, das origens à actualidade
A música que hoje ouvimos (e mais raramente fazemos), parece-nos talvez desligada de muitas das nobres funções e actividades que nos primórdios das comunidades humanas pontuavam a sobrevivência, a expansão lúdica e a vida ritual. A divisão operada no quotidiano da população activa entre tempo de trabalho e de não-trabalho, a par com a emergência de uma rentabilidade a todo o custo, afastaram-nos de vez de actividades que decorriam ao ritmo das estações do ano e dos ciclos próprios da recolecção, da caça, da agricultura, pecuária, pesca e artesanato.
2 -Notas sobre a Música e os Instrumentos Musicais Populares Portugueses
A Música e os instrumentos musicais populares portugueses, tais como os conhecemos hoje, são resultantes de um longo processo em que múltiplos contributos e influências aconteceram.
- Complementado por videogramas sobre Michel Giacometti e Ernesto Veiga de Oliveira
3 – CRAMOL e Batuque FINKA PÉ – Cantar pela vida, o amor e o sentido
A presença de novas comunidades culturais e linguísticas, hoje como sempre, motiva mudança, apropriação, mestiçagens várias. Há espaços de partilha e interesse mútuo, curiosidade, participação em novos desafios de que nascem novas músicas que o tempo dirá se permanecem ou serão esquecidas.
A consciência da cultura própria como escolha e a apropriação honesta de músicas muito diversas rege a prática de grupos como o CRAMOL e o FINKA PÉ, composto por mulheres que vivem em Lisboa mas