O futuro dos Carros Elétricos
Um artigo para eu ler daqui a 10 anos
Jayme Buarque de Hollanda
A história moderna dos carros elétricos (CE) começa em meados dos anos 90 com o lançamento nos EUA e na França de carros elétricos a bateria (CEB) e no Japão, do Prius, um carro elétricohíbrido (CEH).
Respondiam a políticas de governo para reduzir emissões veiculares urbanas com incentivos fiscais 1 , facilidades no trânsito 2 e compras 3 para órgãos do governo. Embora fossem, também, mais eficientes que os carros convencionais, essa vantagem tinha pouco valor na época quando o preço do petróleo era dos mais baixos da história.
Carros Elétricos (CE)
São carros acionados por pelo menos um motor elétrico. Há diversos tipos dependendo da origem da energia elétrica. Carro Elétrico a
Bateria (CEB): usa energia de baterias carregadas na rede elétrica; Carro Elétrico
Híbrido (CEH): a energia elétrica é fornecida por um gerador a bordo acionado por um motor de combustão interna (MCI) que usa um combustível convencional como fonte de energia; e o Carro Elétrico Híbrido “Plug-in”
(CEHP), um CEH equipado com mais baterias que tanto usa energia da rede, quanto do gerador embarcado. O Carro Elétrico com
Células a Combustível (CECC) usa a energia gerada por uma célula a combustível a partir do hidrogênio. Inicialmente foram tratados como uma mera curiosidade sem grande futuro. Como me explicou, naquela época, um especialista norte-americano:
“a novidade não vai pegar, pois, sob o capô do
CEH há muito mais componentes que no carro convencional; já o CEB, além de muito caro, usa baterias que pesam mais de uma tonelada, levam oito horas para carregar e têm autonomia de, no máximo, 150 km”. As chances dos CE ganharem alguma importância eram, portanto baixas, ainda mais quando se consideravam as dificuldades inerentes a qualquer nova tecnologia.
O mercado, não obstante, aceitou muito bem o CEH. Além de reduzir emissões e ser mais confortável é