O Futuro Da Democracia Noberto Bobbio
A princípio, Noberto Bobbio, no texto O futuro da democracia, relata a dificuldade de conhecer o futuro(ofício exercido pelos profetas), pois o ser humano projeta no futuro os próprios desejos e preocupações. Diferentemente, a história é construída por pequenos atos humanos, porém, prossegue independentemente dos anseios e inquietudes dos homens. Por isso, segundo ele, é impossível ter uma visão ampla da história e realizar previsões a respeito do seu curso. Portanto, o intuito de Bobbio, é o de fazer algumas observações sobre o estado atual dos regimes democráticos, e a previsão em relação ao futuro da democracia será uma consequência final.
Bobbio concede uma definição mínima de democracia, “como contraposta todas as formas de governo autocrático, caracterizada por um conjunto de regras (primárias ou fundamentais) que estabelecem quem está autorizado a tomar decisões coletivas e com quais procedimentos”.
Na democracia, as decisões tomadas por um grupo social e consequentemente, por indivíduos, devem ser baseadas em regras escritas ou fundamentadas nos costumes e cujas disposições vão conformando, de acordo com a prática constante do comportamento e condutas desse grupo. Por isso no que se refere as modalidades de decisão, prevalece a regra da maioria, ou seja, as regras vinculadas a todo grupo.
Em uma democracia, é indispensável que aqueles chamados a decidir ou a eleger, sejam postos diante de alternativas e possuir o direito de escolha entre as opções estabelecidas. Para isso, “é necessário que, sejam garantidos os assim denominados direitos de liberdade, de opinião, de expressão das próprias opiniões, de reunião, de associação, etc.”, afirma Bobbio.
Posteriormente, Bobbio expõe seis promessas não cumpridas referentes a democracia: o nascimento da sociedade pluralista, a revanche de interesses, o espaço limitado, a derrota do poder oligárquico, a eliminação do poder invisível e a educação para a cidadania.
Bobbio afirma que, “a