o fim do modelo sovietico
De 1985 a 1991, a História Mundial sofreu modificações profundas: a Guerra Fria terminou de forma inesperada, as democracias populares europeias aboliram o comunismo, as duas Alemanhas fundiram-se num só Estado e a URSS desintegrou-se, deixando os Estados Unidos da América sem concorrente ao lugar de superpotência mundial.
A ERA GORBATCHEV
Uma nova política
Em março de 1985, Mikhail Gorbatchev é eleito secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética.
O nível de vida da população baixava, o atraso económico e tecnológico, relativamente aos EUA, aumentava e só com muitas dificuldades o país conseguia suportar os pesados encargos decorrentes da sua vasta influência no Mundo.
Deste modo, Gorbatchev inicia uma política de diálogo e aproximação ao Ocidente, propondo aos Americanos o reinício das conversações sobre o desarmamento. Incapaz de igualar o arrojado programa de defesa nuclear da Administração Reagan1, o líder soviético procura criar um clima internacional estável que abrande a corrida ao armamento e permita à URSS utiliza os seus recursos para a reestruturação interna.
Para ganhar o apoio popular para o plano de renovação económica – perestroika (reestruturação), Gorbatchev, inicia, ao mesmo tempo, uma ampla abertura política, conhecida como glasnost (transparência).
A perestroika propõe-se a descentralizar a economia, estabelecendo a gestão autónoma das empresas, que de aí em diante, se vêm privadas, tanto das apertadas diretivas dos planos quinquenais, como dos chorudos subsídios que suportavam a sua falta de rentabilidade. Paralelamente, incentiva-se a formação de um setor privado parcial, como forma de estimular a concorrência e compensar a escassez crónica dos bens de consumo.
Enquanto isso, a glasnost apela à denúncia da corrupção, à crítica (a censura é abolida) e à participação efetiva dos cidadãos na vida política.
O colapso do bloco soviético
Há muito reprimida, a contestação