O fim do emprego
Há dois tipos de trabalho: primeiro, alterar a posição da matéria, na superfície da terra ou próxima a ela, em relação a outra matéria igual; segundo, mandar que outras pessoas o façam.
Bertrand Russell, Elogio do Ócio e Outros Ensaio
Continue acompanhando a lógica: a tecnologia está dinamizando e ampliando o acesso às oportunidades fantásticas. Compradores e investidores podem mudar para algo melhor com facilidade cada vez maior. E para sobreviver nessa nova era de competição cada vez mais feroz, os vendedores precisam inovar continuamente e mais rápido que seus concorrentes. O melhor caminho para isso são os pequenos grupos empresariais vinculados a marcas de confiança, pois na essência desses grupos estão os "criativos" e "intuitivas" talentosos, em demanda cada vez mais expressiva. É também preciso cortar custos continuamente, alugando quase tudo o que for necessário para funcionar, descobrindo os fornecedores de menor preço, reduzindo salários de funcionários em atividades de rotina e nivelando todas as hierarquias em redes contra¬tuais, facilmente alteráveis.
Esse cenário ainda não está presente em todo lugar, pelo menos por enquanto. A maioria das pessoas ainda trabalha para - e dentro de ¬organizações. Mas a lógica da nova economia está mudando as relações de emprego. Menos trabalhadores são "funcionários", de acordo com o termo usado na maior parte do século XX - e no futuro haverá ainda menos. Os trabalhadores de outras nações estão trilhando o mesmo ca¬minho e se afastando do emprego estável, embora em ritmo mais lento.
O que aguarda você e seus filhos? “Você não será um agente completamente independente a prestar serviços individuais no mercado aberto pela melhor oferta, nem será um homem ou mulher corporativo”. Em vez disso, você provavelmente será membro de um grupo empre-sarial, cujos lucros variam de ano para ano ou até mesmo de um mês para outro, com sua remuneração dependendo da sua contribuição. Ou,