O fim do Brasil
Há quatro meses, apresentei aos clientes da minha consultoria uma tese chamada O Fim do Brasil. Foi um alerta para uma grave crise chegando à porta das famílias brasileiras.
Suas consequências serão sentidas de maneira dramática nos patrimônios financeiros e, ainda mais importante, no modo de vida de cada cidadão.
Aos que não me conhecem, deixe-me apresentar brevemente antes de prosseguir. Meu nome é Felipe Miranda. Tenho formação em Economia pela
USP e um mestrado em Finanças pela FGV.
Sou fundador, junto com meus amigos Caio Mesquita e Rodolfo Amstalden, da
Empiricus Research, a primeira casa de pesquisa independente voltada a investimentos do Brasil.
Há alguns meses, detectei uma situação muito ruim para a economia brasileira, que afetaria nossos clientes direta e profundamente.
Cumprindo meu dever, avisei os leitores da necessidade de se proteger.
Os comentários negativos não foram bem recebidos pelo governo e por sua militância. Fui acusado de antipatriota, radical, sensacionalista. Passei por um momento especialmente delicado, com ameaças e perseguições pessoais. E sofri uma tentativa de censura explícita pelo poder incumbente.
Sou um jovem pai de família, com um filho pequeno, empreendedor e apaixonado pelo próprio trabalho.
Cheguei a temer pela segurança de meus familiares. Ver a minha mãe sendo ofendida no supermercado por militantes radicais foi algo que me marcará para sempre. Aquelas palavras ainda me perturbam: “a senhora acha que o seu filho pode fazer o que está fazendo? A senhora concorda com tudo isso? Vai embora do Brasil”.
Infelizmente, eu não podia parar. Ainda acredito em coisas como honra, vocação e obstinação. Se você atende a um chamado e está convencido de uma tese, tem de seguir em frente, sem tergiversar.
Muita coisa mudou na economia brasileira em 120 dias. E para pior.
Agora, posso dizer sem medo de errar: nunca estive tão convicto a respeito dos pontos, um a um, de minha tese original.