O filme a Ilha
O Filme relata desde o começo como é “uma vida cheia de rotinas”, pessoas acordando e indo ao trabalho, academia, natação, apenas seguindo seus hábitos como de costume. Tudo é repetitivo, e ninguém precisa definir nada, tudo já é estabelecido. Essas pessoas seguem as regras do complexo sem questionar o porquê de tudo aquilo.
Isso fica claro no filme quando notamos desde o começo as regras impostas pelo complexo, como a padronização das roupas branca com cinza, a alimentação, o trabalho, e o fato dos homens e das mulheres não poderem ter um contato direto, uma comunicação face a face. E todos seguiam o sistema, era como se eles nascessem com 20 anos e absorvessem tudo o que estivesse no mundo, sem saber a origem e o porquê dessas coisas, e a única lembrança que tinham, era a contaminação global. E percebemos isso melhor ainda com a chegada de um “novo morador”, onde todas às regras são ensinadas, e ele começa a fazer parte desse sistema. E no decorrer das cenas surgi á primeira tipificação: “cara” que ninguém sabe como surgiu, mas a partir do momento em que um indivíduo usa esse termo para se referir a outro, todos passam a adotar. O filme também faz um paralelo com o Mito da caverna de Platão, onde somos prisioneiros, e só enxergamos as sombras, vivemos distantes da luz, da verdade, e assim acontece até hoje, quando nascemos automaticamente fazemos parte de um “sistema”, um Mundo já estabelecido por regras, princípios, e tipificações. E como no filme, nós também passamos pelo processo de aprendizagem, quando crianças, e na maioria das vezes nem notamos esse “sistema” do qual fazemos parte, ou até mesmo não procuramos saber o porquê das coisas.