“O falso problema da exclusão e o problema social da inclusão marginal.”
O primeiro ponto, para a realização de uma reflexão crítica, é compreender que o atual problema está afirmado no que chamamos de inclusão, e que portanto não há o que poderia se chamar de exclusão em si. O que chamamos de exclusão, seria o conjunto das dificuldades, dos modos e dos problemas de uma inclusão precária e instável. O autor diz que, sociologicamente, exclusão não existe, é um momento insuficiente para se explicar todos os problemas que a exclusão realmente produz na sociedade atual. Para tanto, o autor recusa o conceito fetichizado de exclusão, pois é “inconceitual”, impróprio, e distorce o próprio problema que pretende explicar. Além disso, este conceito empobrece a perspectiva da prática que se desenvolvem. A palavra exclusão, que outrora era marginal e antes era pobre é apenas uma nova face de um mesmo problema. Essa mudança de palavras ocorre pois a mesma coisa (pobreza), está nos mostrando coisas novas (marginalização, exclusão). A palavra exclusão, no entanto, nos fala da necessidade de uma prática, de uma compreensão nova daquilo que, não faz muito, todos chamávamos de pobreza. O autor define essa mudança como uma nova consciência sobre a pobreza, e também coisas que já estavam lá e não éramos capazes de entender. O autor diz que, o problema da exclusão não vêm do suposto neoliberalismo vigente (1997; texto foi escrito), mas nasce com a fundação da sociedade capitalista. Creio que, nos moldes que ela existe hoje em dia, onde ocorre um desenraizamento e a todos excluir porque tudo deve ser lançado no mercado, pode ser. No entanto, à meu ver, outras formar de inclusão precária já existiam antes mesmo da sociedade capitalista, como por exemplo quando falamos das mulheres.
Voltanto ao texto, a sociedade capitalista desenraiza, exclui para incluir. É uma relação contraditória e dialética. Para Giorgio Aganbem (livro: Homo Sacer), essa dinâmica de por