O falo
SAINT-CLAIR BAHLS1, FLAVIA MARIA HASEGAWA ZACAR2 Psiquiatra e Professor do UnicenP, da UfPR e UtP. Psicóloga Clínica e Pós graduanda em Psicoterapia Cognitivo Comportamental no UnicenP.
1 2
RESUMO A esquizofrenia é uma doença grave, debilitante e atinge aproximadamente 20 milhões de pessoas no mundo. Costuma iniciar na adolescência ou no começo da idade adulta, tem alta taxa de morbidade e uma mortalidade acima da esperada para esta faixa etária. Em torno de 70% dos casos apresentam uma evolução crônica com reagudizações. As bases para o tratamento desta importante situação de saúde pública assentam-se sobre as substâncias antipsicóticas e as abordagens psicossociais. Já está bem definido que fatores ambientais podem influenciar o curso da doença, e as abordagens psicológicas fazem parte essencial de um programa de tratamento integral para a esquizofrenia. o tratamento psicossocial deve ser instituído dentro de um programa terapêutico multidisciplinar amplo. este artigo visa a examinar as abordagens psicossociais atualmente empregadas no tratamento da esquizofrenia, que têm apresentado um progresso significativo nas últimas décadas. Palavras-chave: esquizofrenia; tratamento; intervenções psicossociais. 1 INTRODUÇÃO Desde a Antigüidade existem descrições de quadros psicóticos, sugerindo o conhecimento da esquizofrenia neste período. A doença foi relatada por Hipócrates (460-377 a.C.), arateo da Capadócia (135-200 d.C.) e galeno (129-199 d.C.). Porém, apenas no século XIX voltam a surgir descrições do fenômeno em que pessoas jovens desenvolveram um quadro psicótico que evoluiu para a deterioração mental(1, 2). em 1896, emil Kraepelin, um psiquiatra alemão, denominou-a demência precoce, porque os sintomas da doença
1
24
evoluíam para uma deterioração intelectual