O experimento de Miller
O sistema foi aquecido e recebeu descargas elétricas, simulando a temperatura elevada da época e as tempestades que ocorriam. No condensador a mistura dos gases era resfriada, simulando o resfriamento da Terra, pois as gotículas de água acumuladas escorriam, simulando as chuvas. O aquecimento provocava o ciclo desse processo.
Miller manteve esse sistema por uma semana. Após esse tempo, a água do reservatório, ou armadilha, foi analisada através de vários experimentos e mostrou a presença de aminoácidos e outras substâncias químicas mais simples.
Hoje sabemos que os gases presentes na atmosfera eram bem diferentes dos propostos por Oparin e utilizados por Miller. Experimentos recentes demosntraram que a atmosfera primitiva era formada por gás carbônico (CO2), metano (CH4), monóxido de carbono (CO) e gás nitrogênio (N2).
Mesmo que Miller não tenha usado os mesmos gases, seu experimento mostra que nas condições da Terra primitiva era possível a formação de aminoácidos.
A derrubada decisiva da teoria da abiogênese (ou teoria da geração espontânea) levou a uma nova dúvida: já que os seres vivos não são oriundos de matéria inanimada, qual seria, então, a origem da vida? Uma das hipóteses lançadas para responder a essa pergunta é a teoria da evolução molecular.
Também chamada de teoria da evolução química, a teoria da evolução molecular é a mais aceita pela comunidade científica e foi proposta pelo biólogo inglês Tomas Huxley e posteriormente retomada pelos biólogos John Burdon Haldane e Aleksandr Oparin.
Conforme tal teoria, a vida é produto de um processo de evolução química em que substâncias orgânicas se arranjam, formando moléculas orgânicas mais simples e essenciais (como carboidratos, aminoácidos, ácidos graxos, bases