O euro e a economia portuguesa
Luís Aguiar-Conraria
Fernando Alexandre
Manuel Correia de Pinho
NIPE WP 37/ 2010
“O euro e o crescimento da economia portuguesa: uma análise contrafactual”
Luís Aguiar-Conraria
Fernando Alexandre
Manuel Correia de Pinho
NIPE* WP 37/ 2010
URL: http://www.eeg.uminho.pt/economia/nipe *
NIPE – Núcleo de Investigação em Políticas Económicas – is supported by the Portuguese Foundation for
Science and Technology through the Programa Operacional Ciência, Teconologia e Inovação (POCI 2010) of the
Quadro Comunitário de Apoio III, which is financed by FEDER and Portuguese funds.
O euro e o crescimento da economia portuguesa: uma análise contrafactual*
Luís Aguiar-Conraria†
Fernando Alexandre‡
Manuel Correia de Pinho§
*
Este artigo baseia-se na tese de mestrado de Manuel Correia de Pinho “E se Portugal não tivesse aderido à União Económica e Monetária?”. Os autores agradecem os comentários de Pedro Bação e
Francisco Veiga.
†
Universidade do Minho e NIPE, email: lfaguiar@eeg.uminho.pt
‡
Universidade do Minho e NIPE, email: falex@eeg.uminho.pt
§
Universidade do Minho
Resumo
A adesão ao euro representou uma mudança de regime económico. Esta mudança coincidiu com o início de uma década de fraco crescimento económico e divergência em relação à União Europeia. Para além da intensificação da concorrência dos países emergentes e do Centro e Leste da Europa e das fragilidades estruturais, o comportamento decepcionante da economia portuguesa desde a adesão ao euro tem sido atribuído à adopção de políticas económicas inadequadas. O efeito do novo regime económico no crescimento da economia portuguesa de per si tem permanecido ausente da maioria dos estudos. O objectivo da análise contrafactual desenvolvida neste artigo é quantificar o impacto do euro no crescimento do produto interno bruto português. Os resultados sugerem que o crescimento da